sábado, 24 de janeiro de 2009

CONSELHOS ESCOLARES UMA NECESSIDADE !

PROJETO DE LEI Nº 1785/1999
A participação popular tem ao longo dos anos apresentado conquistas significativas. Todo processo de evolução ao qual nos encontramos, seja na área da saúde, segurança, moradia e educação surgiu nas lutas sociais envolvendo inicialmente uma minoria de participantes.
A busca da qualidade de vida perpassa primeiramente pela melhoria da qualidade da educação e as conquistas nessa área não deve ser sempre pauta somente dos professores e sim de todos os membros da comunidade escolar. Por isso a necessidade da participação coletiva, das opiniões, sugestões, forças, engajamentos de todos em prol da qualidade.
Os Conselhos escolares surgem como uma forma organizada de participação nas decisões da escola, garantindo o pleno desenvolvimento e melhoria do fazer educacional. Assim a democracia se consolidaliza no espaço de convivência, fazendo com que os educandos presenciem desde cedo a melhor das formas de legitimação dos direitos e deveres a partir do ambiente escolar.
O decreto 1785 vem legalizar essa participação popular no âmbito educacional. Assim nossas escolas terão voz não só nos espaços acadêmicos físicos, mas no âmbito educacional municipal, estadual, federal e mundial. Todavia para que isso realmente venha a acontecer não basta o decreto por si só, é preciso antes de mais nada, que o sistema ao qual a escola se insere, perceba essa necessidade e busque efetivar as ações em que o papel do gestor não seja apenas o de mero idealizador e centralizador do burocratismo e do autoritarismo presente nas escolas, dando um sentido dinâmico a função do gestor.
Cada membro da escola pode e deve colaborar!
Assim, o gestor não mais verá o professor como sendo apenas alguém a ser cobrado obrigações e sim um colaborador no processo de gestão de recursos, de pessoas e sobre tudo de aprendizagens.
Segundo (Heloisa Luck, 1998), “ O mais comum é a queixa de diretores escolares, de que “ tem que fazer tudo sozinhos”, que não encontram nem apoio, nem eco “para o trabalho da escola como um todo, limitando-se os professores as suas responsabilidades de sala de aula” e muitas vezes, “nem mesmo assumem responsabilidade por fazer bem seu trabalho de sala de aula””.
O gestor também não mais verá os pais como participativos nas questões que limitam apenas a disciplina dos filhos e sim como colaboradores em todo processo educacional e os demais funcionários se sentirão mais importantes quando suas opiniões estiverem presentes nas ações da escola.
Em fim, todos pela escola, assim começa a democracia !

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